Thursday, July 06, 2017

História do Exercício: ESPARTA

Os espartanos eram preparados para a guerra desde o nascimento. Somente os bebes vigorosos eram incluídos na sociedade de cidadãos. Até a idade de 20 anos todos os varões eram formados em uma grande escola. O propósito do treinamento era o de torna-los duros, indiferentes à dor e submissos à disciplina do estado. A educação cultural e científica era secundária à formação marcial. A finalidade era produzir soldados excelentes, devotados à Esparta. O casamento era permitido a partir dos 20 anos, mas os homens deviam viver nas barracas militares até a idade de 30 e conduzir seu casamento como se fosse um caso ilícito e secreto. Ao completar 30 anos, eram considerados cidadãos espartanos.

Nenhum cidadão de Esparta era indigente e nenhum era rico. Cada um vivia da produção de sua terra, trabalhada por servos. Uma parte desta produção ia para o estado. Nenhum espartano possuía ouro ou prata.  O dinheiro era cunhado com ferro. Daí a origem de “simplicidade espartana”.

A posição das mulheres em Esparta diferia de tudo o que passou no mundo antigo. Não eram excluídas do convívio com os varões. As meninas passavam pelo mesmo treinamento físico que os meninos. Os dois sexos realizavam as práticas de ginástica juntos. A finalidade era a de dotar a mulher de condições físicas que ajudassem a melhor suportar o trabalho de parto e a produzir filhos mais fortes.

Esparta foi um estado autocrático orientado para a guerra. Havia uma classe dominante, uma classe média e os servos. Os varões eram educados para serem soldados obedientes, comandantes competentes e cidadãos conscientes. As artes, ciência, filosofia e literatura recebiam menos ênfase que o respeito à autoridade, o condicionamento físico e as habilidades militares. Especial ênfase era dada às corridas, saltos, ginástica, boxe e lutas. Tudo com a finalidade de produzir guerreiros.
A particularidade da educação espartana era que meninas e meninos compartilhavam experiências educacionais. Uma diferença era a de que elas não viviam em acampamentos militares como eles o faziam a partir dos sete anos.


As meninas de Esparta se exercitavam mais que as de outras cidades. Esportes faziam parte importante de sua educação. Deviam tornar-se mulheres fortes e sadias para produzirem filhos fortes e sadios; guerreiros. Elas com certeza participavam em corridas, ginástica e luta livre; e provavelmente em natação, lançamento de dardo e arremesso de disco. Principalmente as solteiras competiam, mas também algumas casadas, inclusive quando grávidas. Não está claro se meninos e meninas treinavam juntos ou separados. As competições se realizavam durante os festivais religiosos.