História do Exercício: ESPARTA
Os
espartanos eram preparados para a guerra desde o nascimento. Somente os bebes
vigorosos eram incluídos na sociedade de cidadãos. Até a idade de 20 anos todos
os varões eram formados em uma grande escola. O propósito do treinamento era
o de torna-los duros, indiferentes à dor e submissos à disciplina do estado. A
educação cultural e científica era secundária à formação marcial. A finalidade
era produzir soldados excelentes, devotados à Esparta. O casamento era
permitido a partir dos 20 anos, mas os homens deviam viver nas barracas militares
até a idade de 30 e conduzir seu casamento como se fosse um caso ilícito e
secreto. Ao completar 30 anos, eram considerados cidadãos espartanos.
Nenhum
cidadão de Esparta era indigente e nenhum era rico. Cada um vivia da produção
de sua terra, trabalhada por servos. Uma parte desta produção ia para o estado.
Nenhum espartano possuía ouro ou prata.
O dinheiro era cunhado com ferro. Daí a origem de “simplicidade
espartana”.
A posição
das mulheres em Esparta diferia de tudo o que passou no mundo antigo. Não eram
excluídas do convívio com os varões. As meninas passavam pelo mesmo treinamento
físico que os meninos. Os dois sexos realizavam as práticas de ginástica
juntos. A finalidade era a de dotar a mulher de condições físicas que ajudassem
a melhor suportar o trabalho de parto e a produzir filhos mais fortes.
Esparta
foi um estado autocrático orientado para a guerra. Havia uma classe dominante,
uma classe média e os servos. Os varões eram educados para serem soldados
obedientes, comandantes competentes e cidadãos conscientes. As artes, ciência,
filosofia e literatura recebiam menos ênfase que o respeito à autoridade, o
condicionamento físico e as habilidades militares. Especial ênfase era dada às
corridas, saltos, ginástica, boxe e lutas. Tudo com a finalidade de produzir
guerreiros.
A
particularidade da educação espartana era que meninas e meninos
compartilhavam experiências educacionais. Uma diferença era a de que elas não
viviam em acampamentos militares como eles o faziam a partir dos sete anos.
As
meninas de Esparta se exercitavam mais que as de outras cidades. Esportes
faziam parte importante de sua educação. Deviam tornar-se mulheres
fortes e sadias para produzirem filhos fortes e sadios; guerreiros. Elas com
certeza participavam em corridas, ginástica e luta livre; e provavelmente em
natação, lançamento de dardo e arremesso de disco. Principalmente as solteiras
competiam, mas também algumas casadas, inclusive quando grávidas. Não está claro se
meninos e meninas treinavam juntos ou separados. As competições se realizavam
durante os festivais religiosos.
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