Monday, January 02, 2017

Mito Urbano sôbre Antibiótico

A publicação eletrônica Medscape mencionou, faz pouco, a existência de um mito existente com referencia à duração dos tratamentos com antibióticos. Seria o seguinte: para prevenir o desenvolvimento de resistência do micróbio ao antibiótico usado, os pacientes deveriam tomar todas as doses prescritas, mesmo depois de sentir-se recuperados. Ou seja, seria fundamental seguir tomando o antibiótico após a desaparição das manifestações da doença, com finalidade de reduzir o surgimento de resistência ao mesmo antibiótico. 

A origem deste mito parece remontar aos anos 40.

Este pensamento é contrário aos princípios da seleção natural, segundo os quais, quanto mais curta a duração do tratamento menor a possibilidade de selecionar organismos resistentes.

Todos os ensaios clínicos aleatórios que compararam tratamentos curtos e longos, concluíram que as terapias curtas além de serem igualmente efetivas, registraram um menor aparecimento de resistência. Estes estudos incluíram vários tipos de infecções bacterianas: sinusites, pneumonias, infecções urinarias complicadas, infeções intra-abdominais e outras.


Medscape propõe a substituição deste mito por novo mantra: “Breve é Melhor”.Usar o antibiótico até o desaparecimento dos sinas e sintomas. Isto seria válido para infecções agudas. Não se aplicaria a infecções crônicas, tais como tuberculose, actinomicose e osteomielite, entre outras.