Mito Urbano sôbre Antibiótico
A publicação
eletrônica Medscape mencionou, faz pouco, a existência de um mito existente com
referencia à duração dos tratamentos com antibióticos. Seria o seguinte: para
prevenir o desenvolvimento de resistência do micróbio ao antibiótico usado, os
pacientes deveriam tomar todas as doses prescritas, mesmo depois de sentir-se
recuperados. Ou seja, seria fundamental seguir tomando o antibiótico após a desaparição
das manifestações da doença, com finalidade de reduzir o surgimento de resistência
ao mesmo antibiótico.
A origem deste mito parece remontar aos anos 40.
Este
pensamento é contrário aos princípios da seleção natural, segundo os quais,
quanto mais curta a duração do tratamento menor a possibilidade de selecionar organismos
resistentes.
Todos os
ensaios clínicos aleatórios que compararam tratamentos curtos e longos, concluíram
que as terapias curtas além de serem igualmente efetivas, registraram um menor
aparecimento de resistência. Estes estudos incluíram vários tipos de infecções bacterianas:
sinusites, pneumonias, infecções urinarias complicadas, infeções intra-abdominais
e outras.
Medscape propõe
a substituição deste mito por novo mantra: “Breve é Melhor”.Usar o antibiótico até o desaparecimento dos sinas e sintomas. Isto seria válido
para infecções agudas. Não se aplicaria a infecções crônicas, tais como
tuberculose, actinomicose e osteomielite, entre outras.
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