Exercício Regular e Câmbios Respiratórios
Adaptação de longo prazo ao exercício regular.
As mudanças resultantes da adaptação do
sistema respiratório ao exercício regular de longo prazo não são tão acentuadas
como as que ocorrem nos músculos ou no sistema cardiovascular.
O sistema respiratório em geral não é um limitante
de desempenho físico porque a ventilação pulmonar pode ser aumentada a níveis
muito superiores ao aumento possível na função cardiovascular. De qualquer
modo, o sistema respiratório passa por adaptações específicas a um treinamento contínuo
de resistência, com a finalidade de aumentar sua eficiência. As principais
mudanças ocorridas são as seguintes:
Um aumento na taxa máxima de ventilação
pulmonar, resultado tanto de um volume corrente expandido como de uma maior
frequência respiratória. Em repouso, depois do treinamento, a ventilação
pulmonar permanece essencialmente igual. A ventilação pulmonar máxima aumenta
de cerca de 110 l/min em indivíduos sedentários a cerca de 140 l/min como
consequência de um treinamento sistemático de resistência. Chega a 180 l/min em
atletas de alto rendimento e pode exceder os 200 l/min em atletas de grande
porte corporal, altamente treinados. Repetindo: os dois fatores responsáveis por
esta melhora são um aumento do volume corrente e uma maior frequência
respiratória. Habitualmente a ventilação não é um fator limitante para o
desempenho em um exercício de resistência.
Um aumento na difusão pulmonar durante cargas
máximas de trabalho, devido a um maior fluxo sanguíneo pulmonar, especialmente
nas regiões superiores dos pulmões. A difusão
acontece nos alvéolos com a troca de oxigênio por gás carbônico, passando estes
de áreas de maior pressão a áreas de pressão mais baixa. Ao aumentar a taxa de
difusão, mais oxigênio pode ser transportado aos músculos em atividade e mais gás
carbônico pode ser removido. Isto aumenta o desempenho.
Tanto o diafragma como os músculos
intercostais se fortalecem e aumentam a expansão da cavidade torácica.
Como resultado de todos estes aumentos, o exercício de longa duração melhora a capacidade vital, ou seja, a quantidade de
ar ingressado e expulsado durante cada respiração é maior. Com mais oxigênio
chegando aos músculos mais ATP pode ser fabricado.
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