Marcos históricos da ciência do exercício – III - Da antiguidade ao século XIX
A fisiologia do exercício é uma das ciências biológicas mais
antigas.
Os gregos e os romanos sabiam que a massa muscular se adapta
durante o treinamento progressivo de força. Hipocrates (460-370 BC): “se
pudéssemos dar a cada individuo a quantidade certa de comida e exercício, nem mais nem menos, teríamos encontrado o caminho
correto da saúde”. Galeno (129-210 A.D.): “os movimentos que não alteram a
respiração não se chamam exercício”. Cornelius Celsus (Ca 1060): “observem o
exercício: enquanto que a inação enfraquece o corpo, o trabalho o fortalece; a
primeira traz velhice prematura e o segundo prolonga a juventude”. Hieronimus
Mercuralis (1530-1606): “exercício é o movimento deliberado e planificado do
corpo humano, acompanhado por respiração ofegante e executado com o propósito
de saúde ou condicionamento físico...”.
William Harvey em 1628: “quanto mais forte e muscular é um
homem, mais firme é a sua carne; mais forte, grosso, denso e fibroso é o seu
coração mais grossas, fechadas e fortes
são suas aurículas e artérias.”
Em 1777 Lavoisier mostrou que durante a respiração, oxigênio
é adquirido pelo corpo e gás carbônico é eliminado.
Em 1842 mostrou-se que proteínas, gorduras e hidratos de
carbono eram oxidados pelo corpo.
Em 1867 foi descoberta a associação definitiva entre o
metabolismo dos hidratos de carbono e a contração muscular.
Em 1884 ficaram determinados os valores calóricos dos hidratos
de carbono, das proteínas e das gorduras. Ao final do século XIX, os estudos
calorimétricos eram realizações frequentes na fisiologia. Estes estudos
iniciais foram fundamentais para trabalhos realizados no ultimo terço do século
XX, documentando o gasto energético e as quotas de participação de cada fonte
de energia na realização de diferentes tipos de exercícios.
Hoje sabemos que um dos pilares do treinamento de
resistência é a passagem da utilização de hidratos de carbono a gorduras como
fonte de energia durante o exercício.
Referências:
Marc T. Hamilton and Frank w. Booth. J. Appl. Physiol.
88: 327 – 331
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