Thursday, December 05, 2013

Marcos históricos da ciência do exercício – III - Da antiguidade ao século XIX

A fisiologia do exercício é uma das ciências biológicas mais antigas.
Os gregos e os romanos sabiam que a massa muscular se adapta durante o treinamento progressivo de força. Hipocrates (460-370 BC): “se pudéssemos dar a cada individuo a quantidade certa de comida e exercício, nem  mais nem menos, teríamos encontrado o caminho correto da saúde”. Galeno (129-210 A.D.): “os movimentos que não alteram a respiração não se chamam exercício”. Cornelius Celsus (Ca 1060): “observem o exercício: enquanto que a inação enfraquece o corpo, o trabalho o fortalece; a primeira traz velhice prematura e o segundo prolonga a juventude”. Hieronimus Mercuralis (1530-1606): “exercício é o movimento deliberado e planificado do corpo humano, acompanhado por respiração ofegante e executado com o propósito de saúde ou condicionamento físico...”.
William Harvey em 1628: “quanto mais forte e muscular é um homem, mais firme é a sua carne; mais forte, grosso, denso e fibroso é o seu coração  mais grossas, fechadas e fortes são suas aurículas e artérias.”
Em 1777 Lavoisier mostrou que durante a respiração, oxigênio é adquirido pelo corpo e gás carbônico é eliminado.
Em 1842 mostrou-se que proteínas, gorduras e hidratos de carbono  eram oxidados pelo corpo.
Em 1867 foi descoberta a associação definitiva entre o metabolismo dos hidratos de carbono e a contração muscular.
Em 1884 ficaram determinados os valores calóricos dos hidratos de carbono, das proteínas e das gorduras. Ao final do século XIX, os estudos calorimétricos eram realizações frequentes na fisiologia. Estes estudos iniciais foram fundamentais para trabalhos realizados no ultimo terço do século XX, documentando o gasto energético e as quotas de participação de cada fonte de energia na realização de diferentes tipos de exercícios.
Hoje sabemos que um dos pilares do treinamento de resistência é a passagem da utilização de hidratos de carbono a gorduras como fonte de energia durante o exercício.
 Referências:

 Marc T. Hamilton and Frank w. Booth. J. Appl. Physiol. 88: 327 – 331