Friday, February 05, 2016

História da Ciência do Exercício - Receptores Autonômicos

A ciência estabeleceu primeiro as funções hormonais da epinefrina, da norepinefrina e da acetilcolina para posteriormente determinar suas funções neurotransmissoras.

A acetilcolina foi sintetizada em 1867. Posteriormente foi isolado um derivado benzólico da glândula adrenal que recebeu o nome de epinefrina. Em 1902 a forma mais pura da epinefrina foi chamada de adrenalina. Pouco depois foram observados os efeitos estimulantes e inibitórios da epinefrina e postulou-se, de forma equivocada, que as substancias mediadoras eram duas: uma estimulante e outra inibidora.

Em 1895 ficaram demonstrados os efeitos ionotrópicos e cronotrópicos de extratos de glândula adrenal sobre corações isolados de animais.

No inicio do século XX foi descoberto que sangue contendo epinefrina provocava dilatação das pupilas, palidez, aceleração cardíaca, sudorese, liberação de glicose pelo fígado, brônquio dilatação e supressão da fadiga muscular. Isto tudo numa época em que não existiam métodos para a medição direta da epinefrina.

O envolvimento do nervo vago na desaceleração da frequência cardíaca já era conhecido desde 1906. Em 1914 foi coletado sangue de rã após estimulação do nervo vago e injetado em outro coração de rã; o resultado foi também uma desaceleração da frequência cárdia neste coração. A substância responsável pelo fenômeno foi identificada como a acetilcolina, que desta forma passou a ser a primeira catecolamina classificada como neurotransmissor. A partir daí revelou-se que a acetilcolina atua como neurotransmissor em gânglios autônomos, na junção neuromuscular e em algumas sinapses do sistema nervoso central.

Desde 1901 era sabido que o estimulo de nervos simpáticos produzia uma substancia com ação similar à do extrato de glândula adrenal. Entretanto, só na década de 50 a norepinefrina foi identificada como um neurotransmissor originado nos neurônios simpáticos pós ganglionares e dirigido aos receptores adrenérgicos. Em 1957 foi descrito o papel da enzima feniletanolamina N metiltransferase (PNMT) na biossíntese da epinefrina a partir da norepinefrina.


Ref: Katarina T. Borer, PhD