História da Ciência do Exercício - Receptores Autonômicos
A ciência estabeleceu
primeiro as funções hormonais da epinefrina, da norepinefrina e da acetilcolina
para posteriormente determinar suas funções neurotransmissoras.
A
acetilcolina foi sintetizada em 1867. Posteriormente foi isolado um derivado benzólico
da glândula adrenal que recebeu o nome de epinefrina. Em 1902 a forma mais pura
da epinefrina foi chamada de adrenalina. Pouco depois foram observados os
efeitos estimulantes e inibitórios da epinefrina e postulou-se, de forma
equivocada, que as substancias mediadoras eram duas: uma estimulante e outra
inibidora.
Em 1895
ficaram demonstrados os efeitos ionotrópicos e cronotrópicos de extratos de
glândula adrenal sobre corações isolados de animais.
No inicio do
século XX foi descoberto que sangue contendo epinefrina provocava dilatação das
pupilas, palidez, aceleração cardíaca, sudorese, liberação de glicose pelo
fígado, brônquio dilatação e supressão da fadiga muscular. Isto tudo numa época
em que não existiam métodos para a medição direta da epinefrina.
O
envolvimento do nervo vago na desaceleração da frequência cardíaca já era
conhecido desde 1906. Em 1914 foi coletado sangue de rã após estimulação do
nervo vago e injetado em outro coração de rã; o resultado foi também uma
desaceleração da frequência cárdia neste coração. A substância responsável pelo
fenômeno foi identificada como a acetilcolina, que desta forma passou a ser a
primeira catecolamina classificada como neurotransmissor. A partir daí
revelou-se que a acetilcolina atua como neurotransmissor em gânglios autônomos,
na junção neuromuscular e em algumas sinapses do sistema nervoso central.
Desde 1901
era sabido que o estimulo de nervos simpáticos produzia uma substancia com ação
similar à do extrato de glândula adrenal. Entretanto, só na década de 50 a
norepinefrina foi identificada como um neurotransmissor originado nos neurônios
simpáticos pós ganglionares e dirigido aos receptores adrenérgicos. Em 1957 foi
descrito o papel da enzima feniletanolamina N metiltransferase (PNMT) na
biossíntese da epinefrina a partir da norepinefrina.
Ref:
Katarina T. Borer, PhD
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