Os riscos do consumo de café
O café certamente tem
efeitos negativos médicos e psiquiátricos a serem considerados: aumento da
pressão sanguínea, desencadeamento ou aumento de ansiedade, insônia e tremores.
Pode também aumentar o risco de glaucoma.
Os oponentes ao uso de
cafeína mencionam fatores adicionais a serem tomados em conta. Menciono alguns:
Menor concentração
sanguínea de cálcio, manganês, potássio e zinco.
Aumento de stress.
Não aumenta a energia;
é apenas um estimulante.
Não aumenta a memória
Aumenta a secreção ácida
do estomago.
Pode causar
desidratação.
Dificuldade para
abandonar o habito.
Depressão durante a
abstinência.
Ausência de valor nutritivo.
Também existe um
argumento ecológico importante que gera muita polemica. O mundo consume seis milhões
de toneladas de café por ano. Isto requer a existência de sete bilhões de
arvores plantadas em aproximadamente 30 milhões de hectares. O argumento
salienta que tudo isto se destina a um produto de muito baixo valor
nutricional. Alem disso, os cafezais requerem uma utilização desproporcional de
agroquímicos.
Todos estes dados
devem ser considerados ao tomar uma decisão informada sobre consumir café ou
abster-se.
Benefícios médicos do consumo de café - II
Uma
substancia conhecida por elevar a pressao sanguínea, pode ao mesmo tempo ser boa para o sistema
cardiovascular. O consumo de cafeína é capaz de provocar um aumento temporario breve
na pressao arterial e seu uso regular está
vinculado a aumentos duradouros da mesma. Entretanto, quando cafeína é ingerida
via café os aumentos na pressao arterial sao mínimos e os riscos de desenvolver
doenças cardio-vasculares podem ser anulados por algumas propriedades
protetoras da bebida; isto devido aos compostos anti-oxidantes presentes nos
graos de café. Estes compostos reduzem a oxidaçao das lipoproteinas de baixa densidade
e, alem disso, talvez expliquem a associaçao entre o uso de café e uma reduzida
concentraçao de marcadores anti-inflamatórios. Seguimentos de mais de 10 anos
mostram diminuiçao de risco para doenças coronarias em consumidores moderados
de café.
Dados
provenientes de meta-análise realizada em 2011, mostram que o consumo de 1 a 6 xícaras por dia diminue o
risco de acidentes vasculares cerebrais em 17 %. Uma reduçao de risco de 22 a 25 % se registrou em uma
grande amostra de mulheres suecas, seguidas por aproximadamente 10 anos. Em
congresso realizado em 2012 se apresentaram dodos mostrando que o consumo de 1 a 3 xícars de café por dia
pode ter um efeito protetor contra acidentes vasculares isquemicos na populaçao
geral.
Benefícios médicos do consumo de café - I
O café é o
estimulante mais utilizado no planeta. Seus beneficios sao reconhecidos desde
muito tempo e dados cientificos recentes sugerem que a bebida tem influencias
positivas na saúde que vao além do já estabelecido. Aparecem cada vez mais
evidencias de que seus beneficios se extendem à prevençao de doenças
neurodegenerativas, depressao, cancer e doenças cardio-vasculares. Estudos com
seguimento superior a 10 anos mostram reduçao de 10 % na mortalide atribuìveis
ao uso do café .
É fácil
verificar que o café estimula o funcionamento cerebral por períodos curto de
tempo; mas novos estudos apontam a que o café também pode ter efeito mais
persistente nas funçoes cognitivas. Por exemplo, o consumo de 3 a 5 xícaras por dia, evitou a progressao de deficiencia cognitiva discreta
à demencia em um seguimento de 2
a 4 anos. Há sugestoes de que a cafeína anularia enzimas
involvidas na produçao de proteinas beta-amiloides, associadas à demencia. Ao
mesmo tempo, estimularia a produçao de citoquinas, tais como interleucinas 6 e
10, que favoreceriam melhoras cognitivas.
Já faz
algum tempo que o consumo de café tem sido relacionado com proteçao contra a
doença de Parkinson. Agora, se considera que o mecanismo poderia ser por açao
sobre o gen responsavel pelos receptores de glutamato. Alem disso, estudos
apresentados no presente ano (2012) em Congressos, indicam que o consumo de 3
xícaras de café por dia parecem prevenir a formaçao de corpos de Lewy, achados
patologicos preclinicos associados a demencia e Parkinson.
Um estudo publicado
em 2011 sugere que um aumento no consumo de café pode tambem influir na
depressao. Mulheres que bebiam 2-3 xicaras por dia tiveram uma diminuiçao de 15
% no risco de desenvolver depressao, comparadas com as que tomavam menos de uma
xícara por semana. Uma diminuiçao de 20% deste risco tambem foi notada nas
mulheres que tomavam 4 ou mais xícaras por dia. O efeito rapido do cafe no
humor pode ser devido a atividades alteradas de dopamina e serotonina, enquanto
que os mecanismos involvidos nos efeitos a longo prazo podem ser atribuidos às
propriedades anti-inflamatórias e anti-oxidantes da bebida.