História do Exercício na Medicina Medieval - Avicena
Avicena foi um filósofo e cientista iraniano que viveu nos
séculos 10 e 11 da nossa era. Sua fama e seus trabalhos se estenderam, ainda na
idade média, não somente pelo mundo Iraniano, mas também pelo Subcontinente
Indiano, Oriente Próximo e África. A obra chegou à Europa através da Andaluzia,
onde não foi imediatamente bem recebida. Nos tempos modernos Avicena se tornou
conhecido em todo o planeta.
Influenciou o campo médico por seis séculos, através
principalmente do seu trabalho conhecido como O Canon da Medicina (al-Qanun fi al-tibb).
Além disso, deixou registrado outros estudos dedicados à angiologia,
cardiologia e nefrologia.
Considera-se hoje que a contribuição de Avicena foi mais
além dos conhecimentos deixados por Hipócrates e Galeno, tanto na teoria como
na prática da medicina. Em assuntos como asma, icterícia, obstrução biliar e
indigestão hepática as observações de Avicena estão em conformidade com os
conhecimentos atuais.
O Canon inclui temas de higiene, promoção da saúde e
prevenção de doenças. Segundo Avicena um dos fatores mais importantes para
atingir tais objetivos é o exercício físico. Utilizado corretamente o exercício
poderia prevenir algumas doenças. Através da produção de calor corporal o
exercício auxiliaria a defecação de resíduos alimentares e ajudaria o organismo
a digerir de forma completa os alimentos, prevenindo o acúmulo de matérias
indesejadas ou de substâncias não absorvíveis. Esta acumulação seria a responsável
pelo desenvolvimento de patologias.
Avicena também discute, em forma extensiva,
algumas doenças que podem ser provocadas pela inatividade física.