Resposta Respiratória ao Exercício no Curto Prazo
Que acontece
durante o exercício?
Os músculos em atividade aumentam sua necessidade de
oxigênio e aumentam seu consumo de nutrientes.
Os processos metabólicos são intensificados com formação de
maior quantidade de produtos residuais.
A temperatura corporal sobe.
A concentração de íons H+ aumenta no sangue e nos tecidos,
com diminuição do pH.
Ante estas necessidades, o sistema respiratório desencadeia
uma série de acontecimentos.
Frequência
respiratória: aumenta para permitir maior entrada e saída de ar, reforçando as
trocas de gases nos pulmões.
A ventilação pulmonar aumenta quase imediatamente, devido
aos estímulos aos centros respiratórios que partem do córtex cerebral como
resposta a decisão de iniciar os movimentos. Em seguida aparecem estímulos dos
mesmos centros respiratórios como resposta aos sinais enviados pelos
propioreceptores dos músculos e articulações ativados.
Nas fases iniciais do exercício os receptores químicos
localizados nos músculos, bem como os receptores localizados no ventrículo
direito do coração também podem estar envolvidos na estimulação respiratória.
Na fase seguinte, durante exercício prolongado ou com cargas
altas de trabalho o aumento da produção de CO2 e de íons H+ é percebido pelos
sensores químicos localizados no cérebro, nos corpos carotídeos e nos pulmões;
estes sensores estimulam o centro inspiratório aumentando a frequência e a
amplitude dos movimentos respiratórios. Estas mudanças movem a curva de
saturação da oxihemoglobina para a esquerda, aumentando a liberação de oxigênio
nos músculos.
O aumento da
temperatura corporal também move a curva de saturação da oxihemoglobina para a
esquerda.
Quando o trabalho físico aumenta em pequena proporção, o
aumento da ventilação pulmonar ocorre apenas como consequência de um aumento do
volume corrente. Em intensidades maiores, também aumenta a frequência respiratória.
Em adultos sedentários as taxas de ventilação pulmonar
normalmente variam de 10 litros por minuto em repouso a cerca de 100 litros por
minuto nos momentos de trabalho máximo; em atletas masculinos de grande porte
as taxas de ventilação pulmonar podem superar 200 litros por minuto nos
momentos de esforço máximo.