História da Ciência do Exercício - Emoções
No final do
século XIX, um autor Frances, Letourneau, definiu as emoções como paixões de
curta duração, intimamente ligadas à vida orgânica, que resultariam em uma
excitação anormal do sistema nervoso. Ainda segundo ele, as emoções muitas vezes
interromperiam a relação normal entre o sistema nervoso periférico e o cérebro.
A atividade cerebral se concentraria na fonte da emoção; os músculos
voluntários poderiam paralisar-se e as percepções sensoriais poderiam
alterar-se. Esta primeira fase de reação emocional seria seguida de uma fase
reativa onde os músculos voltariam à ação e a atenção ainda permaneceria focada
na situação emocional. A forte excitação cerebral afetaria somente um
determinado grupo de células e exigiria um considerável aumento do fluxo
sanguíneo nas regiões envolvidas. Alem disso, Letourneau mencionou que a
intensidade, a expressão e as consequências patológicas da emoção estariam
ligadas ao tipo de temperamento da pessoa que estivesse experimentando a
emoção.
Surpreende
como estes postulados se aproximam aos conhecimentos atuais sobre as emoções.
Foi necessário passar duas décadas para que a ciência propusesse que,
nas emoções, os estímulos ambientais ativam o tálamo, o qual transmite as
informações à córtex e às vísceras; a seguir, o tálamo envia outra vez as
informações à córtex para gerar o “estado emocional”. Os câmbios corporais se
produzem imediatamente depois da percepção do acontecimento e nosso sentimento sobre
este fato é, ele mesmo, a emoção. Ou seja: os estímulos atingindo a córtex
cerebral induzem câmbios viscerais os quais são, neste momento, percebidos como emoções.
Ref: Thierry Steimer, PhD
Ref: Thierry Steimer, PhD